O PT deve apoiar o deputado Hugo Motta, deputado e líder do Republicanos-PB, na disputa pela presidência da Casa em 2025. Por mais que não seja um candidato alinhado com a ala petista, o partido quer evitar uma crise política batendo de frente com o favorito do Congresso.
A ideia é evitar um novo efeito “Eduardo Cunha”. O governo de Dilma Rousseff apoiou o rival do deputado na eleição para a presidência da Câmara, levando a uma crise política que acarretou o processo de impeachment da presidenta.
O atual presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), anunciou na última terça-feira que Motta tem o seu apoio para sucedê-lo no comando da Casa.
Além do PP e do próprio Republicanos, o MDB e o PL é outro partido que pretende votar no deputado. Valdemar Costa Neto, líder da sigla com maior bancada na Câmara, com 92 deputados, condicionou apoio ao candidato que se comprometesse com a PEC da Anistia.
Esse é um ponto não deve ser um entrave para o apoio do PT. Por mais que o partido não apoie o Projeto de Lei, ele deve ser debatido no Parlamento só em 2025, e corre o risco de ser derrubado no STF. Além disso, Motta não assumiu compromisso público em pautar a proposta caso eleito.
A eleição para a presidência da Câmara está marcada para fevereiro de 2025.