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Orengo: oposição tenta obstruir votações no Congresso para pautar projeto da anistia

Outra proposta que tramita no Congresso e é de interesse dos políticos é o fim do foro privilegiado para crimes comuns; parlamentares avaliam que não é mais interessante responder ao STF

Parlamentares da oposição tentam obstruir votações no Congresso Nacional em busca de espaço para pautar o projeto de anistia aos envolvidos, presos e condenados nos atos de 8 de janeiro. As informações e análise são do colunista de política da BandNews FM, Rodrigo Orengo, de Brasília.  

O Partido Liberal (PL), que possui a maior bancada com 92 deputados, tenta pautar o assunto, que ainda não tem maioria formada.  

Enquanto o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem oficial ao Japão e Vietnã, o vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (PL-RJ), cancelou a sessão deliberativa desta quarta-feira (26) em um movimento para tentar pautar o tema, que é caro aos políticos de oposição.  

É um assunto que tem dificuldade de andar no Congresso Nacional em função da postura de Hugo Motta, cabe a ele pautar o assunto. Na semana que vem, já há um movimento agendado de paralisar as votações no Congresso para pressionar por essa discussão

Segundo o colunista, parlamentares da oposição farão reuniões ao longo da próxima semana para chegar a um entendimento sobre o tema e definir os próximos passos.  

Outra proposta que tramita no Congresso e é de interesse dos políticos é o fim do foro por prerrogativa de função, conhecido como foro privilegiado, para crimes comuns.  

"O fim do foro já está na pauta do Congresso há muito tempo, mas parou. Só que agora existe outro entendimento da classe política. Eles avaliam que não é mais jogo responder ao STF", disse Orengo.  

Os parlamentares avaliam que o cenário no Supremo Tribunal Federal (STF) é "pior" porque os processos tramitam rapidamente e não há instância de recurso.  

"Muita gente da classe política avalia que o foro não é mais um privilégio, é um prejuízo. Agora, eles defendem responder na primeira instância para ter possibilidade de recorrer".

Ao travar as votações com interesse em pautar temas políticos, os parlamentares podem trazer prejuízos a pautas prioritárias e econômicas que precisam ser votadas. Na avaliação de Orengo, há temas de interesse do governo que precisarão de "muita negociação". 

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