Orengo: Lira aconselha Haddad a cortar gastos para minimizar apelido de 'Taxad'

Colunista da BandNews FM analisa o cenário político e econômico vivido pelo governo, além da repercussão do apelido criado nas redes sociais contra o ministro Fernando Haddad, da Fazenda

O colunista Rodrigo Orengo, da BandNews FM, deu detalhes dos bastidores em Brasília do rumo político e econômico do governo federal, além dos desdobramentos do apelido criado nas redes sociais contra o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, chamado de 'Taxad' pelo aumento de impostos.

O jornalista detalhou que o ministro Fernando Haddad, da Fazenda, foi aconselhado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a "mudar a pauta" e focar as energias em promover um corte de gastos e diminuição nas despesas.

Isso, na visão do político alagoano, poderia minimizar a fama atribuída a Haddad nas redes sociais de 'Taxad' - por conta da alta nos impostos e taxas.

“O discurso que a oposição se abraça nesse momento, e o governo tem que responder. Por isso, o ministro da Fazenda vem sendo aconselhado, inclusive por figuras proeminentes aqui de Brasília, como o presidente da Câmara, Arthur Lira, a mudar a pauta. Focar, nesse momento, ao corte de gastos”, disse.

"O conselho que o ministro está recebendo, neste momento, é focar na redução de privilégios, de cortes, de economia. Aquela história do 'fazer o dever de casa'. Isso, do ponto de vista do simbolismo, nessa guerra de narrativas, é fundamental para o governo responder", completou.

De acordo com o jornalista, a equipe econômica do Planalto vê com preocupação os rumos das contas públicas. Isso porque a promessa do governo era de zerar o déficit fiscal e, atualmente, o governo está R$ 30 bilhões acima do limite da margem de erro do arcabouço fiscal.

"Conversando com aliados, grandes aliados do governo, líderes, eles mesmos diziam que as promessas são importantes para o mercado, mas sabemos que são difíceis de alcançar. Estamos vendo agora um choque de realidade", disse Orengo.

O colunista também ressalta que o não cumprimento do arcabouço significa descumprir a lei de responsabilidade fiscal: "A gente sabe, num passado recente, o que aconteceu com presidentes que descumpriram essa regra. Preocupação no governo é grande".

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