Orengo: Bancada evangélica articula contra PL dos cassinos, e deve ser derrotada

Colunista analisou o jogo político que ocorre no Senado Federal contra a legalização de bingos e cassinos; tendência, no entanto, é de aprovação da matéria para aumento da arrecadação de impostos

BandNews FM

O colunista Rodrigo Orengo, da BandNews FM, analisou a tramitação do projeto de lei 2234/2022, que promove a legalização dos cassinos, bingos e casas de apostas - como jogo do bicho. Segundo o jornalista, há uma mobilização da bancada evangélica contra a aprovação da medida. No entanto, é esperado que o PL seja aprovado na volta do recesso parlamentar, em agosto.

"[Os ventos estão soprando] para aprovação [do projeto]. É um momento, um cenário em que o governo e o Parlamento procuram aumento de arrecadação. Há uma aposta na legalização dos jogos de um acréscimo de arrecadação de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões por ano. Nesse cenário atual, de busca de aumento de arrecadação sem tributar, sem pesar no bolso do contribuinte, é uma proposta que ganha tração. Há, ainda a possibilidade da criação de um milhão e meio de empregos. Esse argumento econômico está pesando muito, e por isso a proposta ganhou essa mobilização no Senado", explicou.

De acordo com Orengo, o projeto estava pronto para ser colocado em votação no plenário do Senado, mas uma manobra da bancada evangélica travou a tramitação do PL, que agora deverá passar por mais uma rodada de discussões - após já ter sido aprovada na Câmara dos Deputados e pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. "Eles querem mais discussão. Depois do recesso, em agosto, a proposta é encaminhar no plenário e encerrar o debate. Se conseguir aprovar no plenário do Senado, é fim de papo. Cabe só a sanção do presidente", disse.

"A bancada evangélica vem se mobilizando contra, fala em possibilidade de dependência e de lavagem de dinheiro. São rebatidos por uma área majoritária do Congresso Nacional. Inclusive, a proposta atual prevê travas, limites e uma atenção maior a possibilidade de dependência. Há uma aposta grande, mesmo com a pressão da bancada evangélica, de avançar com esse tema", explicou Orengo.

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