O secretário municipal de Governo de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha, e o militar da reserva Ailton Gonçalves Moraes devem prestar depoimento nesta quinta-feira (04).
Eles foram presos na quarta (03), no Rio de Janeiro, durante a operação da Polícia Federal que investiga um esquema de fraude em cartões de vacinação da Covid-19. A ação cumpriu 6 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão em Brasília, no Rio e em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Segundo o inquérito policial, Brecha foi responsável por inserir dados falsos de vacinação no sistema do Ministério da Saúde. Já Ailton auxiliou o ex-ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid, no passo a passo do ConectSus.
Ailton Barros ainda enviou mensagens de áudio a Cid dizendo que o ex-vereador do Rio Marcelo Sicilliano teria intermediado a inserção de dados falsos no sistema. E diante do êxito no processo fraudulento, ele pediu que Cid intermediasse um encontro de Siciliano com o cônsul dos Estados Unidos no Brasil para resolver um problema relacionado ao visto, diante do envolvimento do nome do parlamentar na investigação do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco.
Em 2018, uma testemunha chave do caso apontou o miliciano Orlando Curicica e o vereador Marcelo Siciliano como responsáveis pelos assassinatos da vereadora e do motorista Anderson Gomes. Nada até então foi comprovado e a investigação apontou que a testemunha estava tumultuando a investigação.
Em uma das mensagens interceptada pela PF, Ailton Barros afirma saber quem é o mandante da morte da ex-parlamentar.
Procurado sobre a ação de ontem (03), Siciliano disse que tenta, junto com a defesa, entender o motivo do mandado de busca e apreensão. A BandNews FM tenta contato com a defesa de outros citados.