A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio realizam uma operação contra a organização criminosa responsável pela comercialização ilegal de cigarros, que em 6 meses lucrou quase R$ 10 milhões.
Segundo o MP, desde 2019, o grupo faturou R$ 45 milhões.
Ao todo, a Operação Fumus tenta cumprir 34 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão. Até às 9h, 4 pessoas foram presas.
Um dos principais alvos é o bicheiro Adilsinho, responsável por uma festa clandestina no Copacabana Palace, em maio desse ano. Seis policiais militares também são acusados de integrarem organização criminosa responsável por crimes de extorsão, roubo, lavagem de dinheiro, corrupção, duplicada simulada e delitos fiscais.
De acordo com a denúncia, os criminosos obrigam comerciantes de cigarro que ficam em áreas de influência da organização a venderem exclusivamente cigarros da marca repassada por eles de acordo com um "tabelamento" de preço.
Ainda de acordo com a denúncia, os comerciantes vítimas são aqueles de pequeno e médio porte e informais, que não possuem a apoio da estrutura das grandes redes varejistas ou CNPJ.
A organização utiliza de fiscais e seguranças para ameaçarem comerciantes que vendem marcas que não aquelas da quadrilha.
Outro modo de atuar dos denunciados, é a realização de parcerias com outras organizações criminosas, sejam elas ligadas ao tráfico de drogas ou a milícia.
A operação conta com apoio da Receita Federal, da Corregedoria da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro e da Corregedoria da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro.