ONU rejeita propostas dos EUA e da Rússia para guerra entre Israel e Hamas

Resolução americana assegurava direito de Israel de revidar ataques do Hamas

Rádio BandNews FM

ONU rejeita propostas dos EUA e da Rússia para guerra entre Israel e Hamas
Conselho da ONU discute proposta para conflito Israel-Hamas
Foto: Agência Brasil

O Conselho de Segurança da ONU rejeitou, nesta quarta-feira (25), propostas de resolução para a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, enviadas pelos Estados Unidos e pela Rússia.  

A resolução americana foi aprovada por dez países, mas rejeitada por três. Rússia e China, países membros do Conselho permanente, vetaram o texto e criticaram a falta de um pedido de cessar-fogo no texto. O Brasil votou pela abstenção, junto com Moçambique.  

O plano dos Estados Unidos assegurava também o direito de Israel de revidar aos ataques do Hamas. 

O representante de Moscou nas Nações Unidas, Vassili Nebenzia, que vetou a proposta americana, criticou o documento por não conter menção a um cessar-fogo humanitário, e disse ser inadmissível a afirmação de um direito de defesa de Israel. Para os russos, a resolução seria um sinal verde para a ofensiva israelense em Gaza. 

O embaixador chinês, Zhang Jun, disse que o problema do texto americano é que ele "tenta estabelecer uma nova narrativa sobre a questão Israel-Palestina, ignorando o fato de que o território palestino vem sendo ocupado há muito tempo". 

 O documento de resolução da Rússia teve 4 votos favoráveis, 2 contrários e 9 abstenções. De acordo com a representante do Reino Unido, Barbara Woodward, o texto foi vetado porque não garantia o direito de Israel de se defender dos ataques. Outros nove países, incluindo o Brasil, votaram pela abstenção. 

Para que uma proposta seja adota, pelo menos nove dos 15 membros do Conselho devem votar a favor e nenhum dos cinco membros permanentes podem vetar a proposta. 

Na semana passada, o Brasil havia apresentado um documento de resolução que foi aprovado por 12 países. No entanto, o texto foi barrado pelos Estados Unidos, que criticaram a falta de menção ao direito de Israel de revidar os ataques.