O Conselho de Segurança da ONU publicou nesta quinta-feira (03) um documento manifestando apoio ao secretário-geral da organização, António Guterres, após ele ser declarado "persona non grata" por Israel.
O ato contou com o apoio de 15 países, incluindo os Estados Unidos, que é considerado o maior aliado de Israel no conflito contra o grupo Hezbollah.
O termo "persona non grata" é utilizado para indicar que um representante estrangeiro não é mais bem-vindo em um país. A decisão foi anunciada na quarta-feira (02) como forma de protesto e proíbe Guterres de entrar em Israel.
REPERCUSSÃO NO BRASIL
O Itamaraty divulgou uma nota também condenando a decisão do governo israelense e afirmou que a medida afeta os esforços internacionais em busca de um cessar-fogo.
"O governo brasileiro lamenta e condena a decisão do governo de Israel, anunciada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Israel Katz, de declarar o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres como 'persona non grata'. Tal ato prejudica fortemente os esforços da Organização das Nações Unidas em favor de um cessar-fogo imediato no Oriente Médio", diz trecho da nota.
Além de Guterres, o presidente Lula também foi declarado "persona non grata" após comparar o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas com o holocausto.