A Organização Mundial da Saúde decretou nesta sexta-feira (5) o fim da Emergência Global em Saúde Pública da Covid-19. O anúncio na sede da organização na Suíça ocorre três anos após a descoberta da doença.
Ao longo do período da pandemia, os números oficiais da OMS registraram 6.921.614 mortes, atualizado até o dia 3 de maio, embora a instituição reconheça que houve subnotificação em muitos países, incluindo o Brasil. Estudos estimam em até 15 milhões de mortes no mundo.
A decisão recente da OMS, no entanto, não retira o título de pandemia de Covid-19. O termo é utilizado para doenças presentes em países de diferentes continentes e com transmissão comunitária.
O secretário-geral da organização, o grego Tedros Adhanom, destacou as vidas perdidas para a doença e os prejuízos causados pela doença. Ele e outros integrantes da agência da ONU alertam, no entanto, que o anúncio desta sexta (5) não significa o fim da disseminação e dos riscos do coronavírus.
Segundo a OMS, o coronavírus segue em circulação, mas não representa mais uma emergência.
"No entanto, isso não significa que a Covid-19 acabou como uma ameaça à saúde global. Na semana passada, a Covid ceifou uma vida a cada três minutos – e essas são apenas as mortes que conhecemos", disse Adhanom.
Só no Brasil, mais de 700 mil pessoas morreram, segundo os números oficiais, chegando a ser o terceiro país com mais mortes semanais.
Em entrevista à BandNews FM, o ex-secretário de saúde de São Paulo Jean Gorinchteyn avalia que é a notícia é positiva, mas alerta para não se negligenciar o cuidado com a doença. De acordo com o infectologista, a vacinação em massa levou o mundo ao cenário atual.