A Organização Mundial da Saúde alertou nesta quinta-feira (22) para a alta dos casos de Covid-19 na China. Os hospitais estão lotados e as Unidades de Terapia Intensiva já registram sobrecarga, segundo o chefe de emergência da organização, Michael Ryan.
Pequim nega problemas de atendimento, mas a divulgação de números oficiais não são confiáveis. Na comunidade médica internacional, existe a expectativa de até 700 milhões de infectados até março.
O aumento dos casos acontece no momento em que o governo chinês decidiu por suspender a política de Covid-Zero. Bloqueios e restrições de circulação não são mais impostos depois do aparecimento de casos da doença.
O fim da política de contenção ocorreu no momento em que a população começa a protestar contra as medidas.
Segundo autoridades chinesas, mais de 3 bilhões de doses de vacina já foram aplicadas no país, mas a preocupação é com os mais velhos. Enquanto mais de 90% dos adultos entre 20 e 40 anos estão vacinados, o percentual cai para 60% na faixa etária de maiores de 60 anos.
A priorização da vacinação entre os adultos gerou desconfiança sobre a segurança dos imunizantes para a população mais idosa. Campanhas de vacinação agora tentam reverter os receios.
A China também não aplica vacinas de RNA mensageiro, tecnologia da Pfizer, que tem maior eficácia. Por isso, é preciso um número ainda maior de vacinados para conter a propagação da doença.
A OMS estima que até março os casos continuem em alta no país, quando então haverá uma redução ou estabilização das contaminações.