O avanço da variante Ômicron fez o Brasil atingir a maior taxa de transmissão do coronavírus desde julho de 2020, segundo levantamento do Imperial College de Londres divulgado nesta terça-feira (25). A universidade britânica contabiliza os novos casos de Covid-19 para estimar o número de novas infecções. O país registra taxa de replicação de 1,78, isso quer dizer que a cada 100 infectados, 178 novos casos são notificados.
Com o índice acima de 1, os pesquisadores apontam que a pandemia está em crescimento e fora de controle. Quando o número fica abaixo de 1, a pandemia começa a ser controlada.
Os pesquisadores do Imperial College acompanham os números do coronavírus desde o início da pandemia. Esta é a segunda semana seguida de alta na taxa brasileira. Por um mês, estimativas deixaram de ser feitas por conta do apagão de dados do Ministério da Saúde.
A multiplicação de casos da variante Ômicron, que é mais transmissível, é apontada como principal responsável pelo índice atual. O aumento dos casos já pressiona o sistema de saúde pelo Brasil.
Dados coletados pela Fiocruz apontam que oito capitais registram ocupação superior a 80% nos leitos de Covid-19. E o boletim Infrogripe divulgado nesta terça-feira (25) revela que 23 das 27 capitais brasileiras estão com alta nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. A maioria dos casos de SRAG são de Covid-19.
Para controlar a alta dos casos, autoridades têm incentivado a vacinação infantil, a aplicação da dose adicional em adultos e reforçado a abertura de novos leitos nas unidades de saúde. As medidas de controle da disseminação do coronavírus, que é o uso de máscara e a higiene das mãos, também devem ser reforçadas.