Angela Merkel se despede nesta quarta-feira (8) do cargo de chanceler da Alemanha, posição que ocupou por 16 anos. O sucessor é o líder do Partido Social Democrata (SPD), Olaf Scholz, que assume a posição após votação o Bundestag, o Parlamento alemão, referendar o acordo com os Verdes e os liberais.
Merkel se aposenta voluntariamente aos 67 anos, já que optou por não concorrer a sua quinta eleição. Ela deixa o governo com um balanço positivo e a admiração dos alemães. Angela Merkel era vista como um excelente equilíbrio entre o diálogo e a rigidez e conseguiu dialogar com facilidade com seus opositores. A condução “merkeliana” da pandemia foi uma das mais admiradas na comunidade internacional.
Em decisões domésticas, a chanceler comandou avanços sociais e ambientais em pautas contemporâneas, como a autorização do casamento de pessoas com o mesmo sexo, o uso de energia renovável e acolhimento de imigrantes.
No panorama global, ela se posicionou como uma líder mundial e conseguiu aumentar sua influência perante o Brexit, as oscilações de poder de Macron e a gestão turbulenta de Trump.
Embora Olaf Scholz não seja do mesmo partido que Merkel, ele foi apoiado pela chanceler e tem a promessa de manter as bases da estrutura do governo.