Analisando as últimas eleições após a redemocratização, o âncora do Meio Do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, aponta que em todas os vencedores da disputa já eram destaque no final do ano que antecedia a corrida eleitoral. Para ele, isso destaca que é muito difícil que surja um novo nome vitorioso para o Planalto que não seja um dos que já se apresentam hoje como pré-candidatos.
De acordo com o jornalista, as mudanças que são mais esperadas são as porcentagens de voto e quem irá liderar as pesquisar, mas os personagens serão os mesmo que já encontramos em 2021.
Oinegue afirma que a configuração foi vista até mesmo na primeira eleição democrática após o governo militar. Nela, Fernando Collor, que viria a ser o chefe do executivo, já estava apresentado como grande concorrente ao cargo desde o início de 1988, exemplo disso é a capa da Revista Veja em março de 1988 que teve Collor como protagonista. O ex-presidente já se apresentava para imprensa e preparava uma campanha política.
O desenvolvimento das corridas eleitoreiras no Brasil foi tema do comentário de abertura do jornal dessa quarta-feira (15).
As diferenças que ocorreram de 1988 e 2018 nas pesquisas de intenção de volto e do resultado final foi sempre entre a posição dos nomes mais cotados. A troca aconteceu apenas entre o círculo dos mais cotados e nunca com um nome externo, explica o jornalista.
A reviravolta eleitoral sempre pode acontecer, faz parte da dinâmica, mas a história da política brasileira assegura que os eleitos configuram entre os principais destaques já no ano véspera do pleito, aponta o âncora. Por isso, ele ressalta que a população precisa analisar os candidatos que já transitam com sucesso entre as primeiras posições.