Para os estados que foram atingidos pelas fortes chuvas, o governo anunciou um crédito extraordinário de R$ 200 milhões, mas, para os partidos políticos utilizarem em campanhas, foram separados R$ 5 bilhões da verba pública.
A Bahia é um dos estados mais afetados pelos temporais, com 136 municípios em situação de emergência, quase 500 mil atingidos, 21 mortes e seis estradas ainda com trechos interditados e, inicialmente, foram destinados somente R$ 80 milhões para reconstruir os danos.
Oinegue critica o posicionamento do governador da Bahia, Rui Costa, e do presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, que aprovaram a verba para o fundo eleitoral e, agora, lamentam a pouca quantidade de dinheiro para o estado. Na visão dele, os políticos deveriam retirar o dinheiro do fundo e repassar para os estados afetados, ou até mesmo doar de seus próprios bolsos, visto que as pessoas estão se apoiando em redes de solidariedade.
O âncora relembra que, em 2018, o dinheiro destinado ao fundo eleitoral foi de R$ 1,7 bilhões, uma diferença de R$ 3,3 bilhões do previsto para 2022. Ele questiona o motivo desse aumento e avalia que esse custo pagará as mordomias dos políticos no ano eleitoral, enquanto essa diferença é mais que suficiente para reconstruir a Bahia e os outros estados atingidos pelas enchentes.