O âncora do BandNews No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, avalia que o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, busca “faturar” através de medidas desnecessarias e marqueteiras.

Nesta quinta-feira (26), Dino apresentou ao presidente Lula (PT) o “pacote da democracia”. Nele, está inclusa uma proposta de emenda constitucional que cria uma nova força policial, a guarda nacional permanente, para proteger os prédios publicos. “Mais despesa à toa”, afirma Oinegue.

O jornalista questiona a utilidade dessa guarda porque, na avaliação dele, o problema no dia 8 não foi falta de policia, mas ausência de comando. “Se as forças de seguranca tivessem trabalhado direito, o vandalismo não teria acontecido”. Para ele, os atos decorreram mais da inação do governo do que da ação de vândalos.

“Tem um pacote que funciona bem demais e já está testado: polícia, cachorro e cavalo. Em 2013, um grupo muito maior de pessoas foi para frente do Congresso e não conseguiu invadir. Por que 30 mil pessoas não conseguiram e quatro mil conseguiram? A estrutura disponível era a mesma, mas naquela época tinha comando”, pondera o apresentador.

Eduardo Oinegue chama atenção para as atitudes do ministro Flávio Dino, que insiste em colocar a culpa em terceiros e isentar o governo federal das responsabilidades. “Faltou quem desse a ordem, faltou comando, faltou Flávio Dino, faltou Ibaneis Rocha”, afirma o âncora.

“Os atos de 8 de janeiro vão entrar para história pela incompetência das autoridades. Não precisa rever a legislação, não precisa criar guarda permanente, precisa rever o comando”, finaliza Oinegue.