O âncora do BandNews No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, afirma que a expectativa para a divulgação dos nomes que formarão o governo Lula se tornou um “festival de especulação, palpite, tudo menos informação”.
“Não dá para chegar com os nomes prontos, não é tão simples assim”, considera o jornalista, que afirmou que Lula sabe que não só eleito só “um governo do PT”, e que o próximo presidente precisará ser mais cuidadoso: “Não deram uma carta branca para fazer um governo petista”.
O âncora citou a declaração do ex-governador do Maranhão, Flávio Dino, um dos líderes da equipe de transição de Lula, de que pretende retirar "o entulho bolsonarista" do governo. Para Oinegue, é preciso "puxar o freio de mão" contra a escalada de ódio nessa transição.
“Uma coisa é falar que pretende fazer as mudanças necessárias, outra é falar em remover o entulho bolsonarista”, afirmou o âncora, que questionou as motivações da frase. “Será que a melhor forma de expressar é usar o ódio e a raiva?”, indagou o jornalista.
Na avaliação de Oinegue, o papel de um líder é também pacificar o país: “É preciso que pessoas que venceram a eleição baixem o tom. É desejável, é bom para mostrar que veio para mudar o governo e a forma de se relacionar com as pessoas”.
Para o âncora, a equipe de Lula deveria chegar com cuidado ao governo e fazer a transição com respeito, em respeito à quase metade da população que se mostrou satisfeita com o que Bolsonaro fez. “Qual o objetivo de um governo que chega? É para conquistar corações e mentes e fazer as mudanças necessárias ou é para comprar briga e fazer com que as pessoas continuem brigando e se estressando?”, questionou Oinegue.