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Oinegue: Lula precisa enfrentar o corporativismo dos servidores. Vai querer?

Âncora diz que governo terá que fazer reformas nos benefícios de funcionários públicos

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Para Oinegue, é preciso rever esses benefícios que os servidores públicos têm Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O âncora do BandNews No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, avalia que o presidente eleito Lula precisará discutir os benefícios que os servidores públicos atualmente têm no Brasil. O jornalista questiona como o petista e a base de governo dele vão conseguir trazer eficácia e funcionalidade para o País.

Eduardo Oinegue cita dados para embasar o raciocínio: segundo o jornalista, os funcionários públicos representam 6% do mercado de trabalho no Brasil. Já entre os integrantes da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, que reúne os países mais desenvolvidos do mundo, este número é maior. No entanto, o Brasil gasta cerca de 13,4% do PIB em folha salarial com os servidores públicos, mais do que os países da OCDE: “Lá fora, os servidores ganham em média 16% a mais do que na iniciativa privada. Já no Brasil, esse número é de 67%. Como é que pode?

Oinegue afirma que o governo eleito terá que enfrentar essa questão para o País avançar e se desenvolver. O jornalista lembra que o PT, historicamente, não defende pautas deste tipo: “Está entrando um governo que tem uma base sindical, é de esquerda, um governo aonde salário é tabu e já disse que iria rever a reforma trabalhista por enxergar defeitos que ela não tem. Cabe a esse governo enfrentar um problema que faz o nosso Estado ser extremamente ineficaz”.

O âncora do BandNews no Meio do Dia diz que é preciso rever esses benefícios que os servidores públicos têm. Oinegue questiona se isso será feito, já que, segundo ele, o presidente eleito ainda não apresentou um plano de governo: “Qual o projeto de País que Lula tem na cabeça? Nós não temos ideia. Tem que sair um programa de governo que tenha lógica, não que sirva para apagar incêndio”.

Oinegue conclui: “Essa discussão tem que ser feita, e calha que um governo de esquerda terá que fazer. Se não fizer, vamos adiar em 4 anos nosso progresso para sair desse buraco”.