O âncora do BandNews No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, fala sobre o ministério do governo Lula. Ele afirma que há uma diferença entre o que diz o papel e o que a realidade mostra. O papel diz que Lula montou um governo com 37 ministros. Mas a realidade mostra que existem ministros sem poder real. Para Oinegue, nem todos os escolhidos poderão ser considerados “ministros de verdade”.
Ele exemplifica com o caso da ministra do Turismo, Daniela do Waguinho. Desde que tomou posse, está às voltas com uma denúncia de envolvimento com as milícias. E essas denúncias, destaca o jornalista, a obrigam a soltar notas se desmentido o tempo todo. Oinegue aponta que a ministra dedica o tempo a se defender das acusações em vez de apresentar propostas de incentivo para o setor em que atua.
O âncora cita também dois dos ministros mais conhecidos do governo Lula: Geraldo Alckmin, na Indústria e Comercio, e Simone Tebet, no Planejamento. Ambos, apesar de terem direito de "utilizar a caneta”, foram colocados em pastas apenas por conveniência e para fazer discursos, ressalta Eduardo Oinegue.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, segundo o âncora, é detentor de um grande poder. “Alckmin fala em fazer coisas que dependem mesmo de Fernando Haddad. Não se faz nada nesse governo que não dependa de Fernando Haddad”, aponta o âncora.
Para o jornalista, apenas o tempo poderá dizer se os 37 ministros serão realmente ministros, tendo em vista que vários deles podem exercer um papel muito pequeno, que não demanda atenção pública relevante.