O âncora do BandNews No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, analisa como a eleição de 2018 foi um ponto fora da curva em relação ao histórico dos demais pleitos em outros anos. Segundo o jornalista, a última eleição foi “incomum” e “fora da casinha”.
Eduardo Oinegue chama a atenção para a maneira como os fatos se desenrolaram na eleição de 2018: “Vimos um presidente ser eleito com apenas 8 segundos de televisão [...]. Depois disso, imaginamos que a velha maneira de fazer política tinha acabado”.
Oinegue destaca que o pensamento que existia no âmbito geral era de mudança na forma de fazer política no Brasil. Porém, segundo o jornalista, não foi isso que aconteceu: “Aos poucos, aqueles que aparecerem como personagens de fora, aqueles que davam as costas para o mundo político, perceberam que não dá para fazer política assim. É como querer participar da Copa do Mundo sem seguir as regras do futebol”.
O âncora do BandNews No Meio do Dia afirma que a eleição de 2022, de certa forma, resgata o jeito tradicional de fazer política: “A gente vê, ainda que de forma sofrida, ainda que inconformados, os adeptos dessa linha pouca tradicional, fazendo aquilo que deve ser feito. O maior exemplo disso foi quando o Bolsonaro se alinhou ao centrão”.
Eduardo Oinegue conclui seu comentário frisando que a eleição de 2018 foi uma exceção. Na opinião do jornalista, o pleito deste ano confirma esse raciocínio: “Se a gente pensou, em 2018, que o futuro da política seria reescrito, 2022 está mostrando que a política resgata o seu jeito tradicional. O que estamos vendo é a forma tradicional de fazer política.”