Oinegue: é preciso baixar o custo do Congresso

Gastos dos parlamentares são vergonhosos, diz o jornalista

Rádio BandNews FM

O âncora do BandNews No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, analisa as despesas para o funcionamento dos gabinetes dos deputados federais. E critica a verba destinada a pagar a mudança dos congressistas para Brasília no início do mandato — e depois a mudança de volta no final do mandato. São quase 40 mil reais em cada um dos dois pagamentos. Ou seja, 80 mil reais para cada um. Até mesmo quem se reelege, e, portanto, não se muda, recebe o auxílio.

O jornalista critica a existência dessa verba e lista os demais benefícios recebidos pelos políticos. Entre eles estão a cota de combustível, serviço de segurança, direito a 25 assessores, passagens aéreas, fretamento de aeronaves e até dinheiro para gráfica estão inclusos no pacote de benesses.

Oinegue questiona também o tamanho das bancadas no Congresso brasileiro. Para ele, ambas as Casas poderiam reduzir o número de representantes. “Por que um estado pequeno precisa de oito deputados na Câmara? Qual a necessidade de termos três senadores por estado? Não há um motivo para ser assim, apenas é”, afirma o âncora.

O Brasil tem o segundo Parlamento mais caro do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. Oinegue destaca que países como França, Alemanha e Reino Unido gastam menos do que o Brasil e nem por isso convivem com uma democracia “menos densa”.

Para o jornalista, o custo para manter os parlamentares é vergonhoso: “A democracia brasileira não pode ficar na mão desse tipo de manobra. A democracia não está no número de vereadores, deputados, senadores e nem no número de benefícios. Está na atribuição constitucional de cada uma dessas figuras, mas o preço que eles cobram é sem vergonha”.