Oinegue: É bom que o governo não mande na Petrobras e no Banco Central

Âncora do BandNews FM No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, explica os impactos das mudanças de políticas públicas

BandNews FM

O âncora do BandNews FM No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, afirma que o Brasil vive um momento delicado com decisões envolvendo políticas públicas. Na abertura do jornal desta quarta-feira (16), o jornalista afirmou que a população agora compreende que decisões políticas influenciam no cotidiano.

Oinegue cita que a taxa básica de juros, o preço do petróleo e do dólar deixaram de ser assuntos distantes dos brasileiros, já que os impactos de mudanças nessas camadas da economia são sentidos cada vez mais perto pelos cidadãos.

O jornalista aponta que choques recentes na economia ensinaram os brasileiros. Ele exemplifica esse ponto com a primeira crise do petróleo, quando o preço do produto quadruplicou. Foi nessa adversidade que o programa Pro-Álcool foi criado e que reconfigurou a matriz energética brasileira.

Eduardo Oingue ressalta que o reajuste atual da Petrobras ocorre de forma diferente nos dias de hoje, em outros tempos era possível “segurar o preço” e deixar com que o valor “estourasse” nas bombas, como o que ocorreu durante o governo Dilma.

Mas hoje, Oinegue explica que, por conta de legislação que regula a responsabilidade da estatal, não é mais possível essa manobra de populismo com o petróleo.

Ou seja, o petróleo segue o mercado internacional e o brasileiro tem que aprender a conviver com isso. Não é possível fazer intervenções econômicas como antigamente.

Sobre a taxa básica de juros, a SELIC, o jornalista aponta que a decisão em torno da taxa era, em outros tempos, negociável, já que o Banco Central não tinha a autonomia que hoje tem. Era necessário responder ao presidente e até mesmo fazer acordos com o ministro da economia, hoje isso não é mais viável, explica o âncora.

O âncora pondera que essa é outra mudança que retira mais um “preço” das políticas públicas. O que profissionalizou a gestão pública.

O jornalista conclui que essas mudanças fazem com que o presidente da República tenha que lidar com suas atitudes e não faça mais arroubos econômicos irresponsáveis.