O âncora do BandNews FM No Meio Do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, avalia como a Itapemirim criou uma empresa aérea e os fatores que culminaram na sua precoce queda. Em menos de seis meses desde o primeiro voo, a empresa fechou as portas com dívidas e salários de funcionários atrasados.
Segundo o jornalista, o mercado aéreo no Brasil não é “apetitoso” por diversos fatores, dentre eles: a moeda desvalorizada e o alto custo dos combustíveis. Fundada a partir de uma empresa que estava devendo 2 bilhões de reais e em recuperação judicial, o apresentador indaga: como a Itapemirim conseguiu criar uma empresa aérea?
Ainda de acordo com o âncora do BandNews FM No Meio Do Dia, a Viação Itapemirim foi fundada com capital social de 400 mil reais. Para se ter uma ideia, a empresa aérea Azul foi fundada com 100 milhões reais de capital social. Para Oinegue, esse fator representou o início da precoce queda da Itapemirim, que com seis meses de funcionamento, fechou as portas.
Para ilustrar o impacto do encerramento prematuro da empresa, Oinegue explica que outras grandes empresas também quebraram devido às crises econômicas no decorrer dos anos, como a Vasp, que quebrou após 72 anos de funcionamento.
Em dezembro, a Itapemirim deu um “mega” bote em 45 mil passageiros que confiaram nela, afirma Eduardo Oinegue. O âncora atribui parte do fracasso da Itapemirim ao fato de que ela foi fundada por uma empresa em recuperação judicial.
Além disso, Eduardo Oinegue relaciona um dos sócios da empresa, Sidnei Piva, à queda da Itapemirim. Segundo ele, o sócio contribuía com apenas mil reais para a empresa, mas sozinho, ele controlava as mudanças e decisões da empresa.
Por fim, Oinegue afirma que em um cenário de recuperação judicial, o ideal é cortar gastos e, na contramão disso, a Itapemirim montou uma empresa aérea.