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Oinegue: a Defesa Civil não sabe o que dizer, nem como

Mensagem de alerta falhou na função de salvar vidas, avalia o jornalista

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Oinegue: a Defesa Civil não sabe o que dizer, nem como
Foto: Prefeitura de São Sebastião

O âncora do BandNews No Meio do Dia e do Jornal da Band, Eduardo Oinegue, critica o vídeo de alerta veiculado pela Defesa Civil de São Paulo dois dias antes do temporal que atingiu o litoral norte do estado e destaca que a publicação não auxiliou a população na tragédia.

O jornalista avalia que o material não foi capaz de transmitir uma mensagem clara que fosse compreendida pela população. Na ocasião, o porta-voz utilizou dados e linguagem técnica, além de não especificar quais áreas são configuradas como “de risco” e nem ter sido objetivo nos avisos que precisavam ser passados para os moradores.

Eduardo Oinegue chama atenção para dificuldade de comunicação entre o poder público e o povo: “É um festival de descuido e desrespeito. O risco de desastre foi divulgado dois dias antes da tragédia e a sociedade não recebeu a informação”.

Na avaliação do âncora, as mensagens de texto enviadas pela Defesa Civil como forma de alerta foram imprecisas e não demonstraram a gravidade do caso. Um dos textos cita “chuva persistente no litoral norte. Não enfrente alagamentos”. Oinegue destaca que não há nenhuma orientação clara sobre o que deveria ser feito.

Para o jornalista, a falta de clareza e o excesso de burocracia na fala dos oficiais fizeram com que a população não tivesse dimensão do que estava acontecendo e, muito menos, recebesse o suporte adequado.

“Temos mecanismos extraordinários de comunicação que devem ser usados de forma complementar. Tem que usar também o mais óbvio: o veículo de comunicação de massa, como rádio e televisão”, pontuou Oinegue sobre o uso de mensagens de texto e compartilhamento nas redes sociais como o único meio de divulgação pela Prefeitura.

O âncora define que as estruturas de poder deixam a Defesa Civil à deriva e, por isso, pessoas despreparadas fazem informes absurdos, que não garantem a salvação das vítimas.