As Obras Sociais Irmã Dulce, na Bahia, podem fechar as portas em dois meses. Com uma dívida milionária, a instituição não tem dinheiro para pagar os novos salários dos profissionais de enfermagem.
Uma lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), no dia 4 de agosto, fixa o piso salarial para enfermeiros, contratados em regime CLT, em R$ 4.750, para técnicos de enfermagem em R$ 3.325 e para auxiliares de enfermagem em R$ 2.375.
A projeção da Osid, que é bancada por doações e verbas do SUS, é de que a dívida da entidade passe dos atuais R$ 13 milhões para mais de R$ 40 milhões até o fim do ano.
Desde o início de 2022, as Obras Sociais Irmã Dulce alertavam sobre uma crise causada pela falta de reajuste nos repasses do SUS.
De acordo com a instituição, diminuir o quadro de funcionários e de oferta de procedimentos não é uma saída. Além do prejuízo no atendimento da população de baixa renda, o contrato com o governo federal é por cumprimento de metas.
O Governo da Bahia ofereceu um aporte financeiro a partir de agosto, o que iria aliviar parte das contas, mas o aumento na folha de pagamentos supera esse investimento.
Com 7.500 profissionais em atuação, as Obras Sociais Irmã Dulce fazem atendimento 100% gratuito a cerca de três milhões de pessoas por ano na Bahia.
Doações à instituição podem ser feitas por meio do site irmadulce.org.br/faca-sua-doacao.