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Debate sobre taxação de super-ricos deve ser levado à Cúpula do G20, defende Marina Silva

A declaração foi dada durante o Encontro preparatório da Cúpula Social do G20

Por João Boueri

Debate sobre taxação de super-ricos deve ser levado à Cúpula do G20, defende Marina Silva
Agência Brasil

A ministra do Meio Ambiente e Mudancas Climáticas, Marina Silva, defendeu a proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de levar o debate sobre taxação de super-ricos à Cúpula do G20.

A declaração foi dada durante o Encontro preparatório da Cúpula Social do G20, realizado na Região Central da cidade do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (20).

Ao longo do dia, a iniciativa discutiu os três temas prioritários escolhidos pelo Brasil, que preside o grupo das maiores economias mundiais: combate à fome, pobreza e desigualdade; desenvolvimento sustentável nas dimensões econômica, social e ambiental; e a reforma da governança global.

Mais de 2.300 pessoas se inscreveram para o encontro, que reuniu movimentos sociais do país.

Nos últimos meses, o ministro Haddad tem falado sobre a necessidade de priorizar discussões sobre cooperação internacional com relação a taxação de super-ricos. Marina Silva classificou como "fundamental" a iniciativa.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil, Wellington Dias, também disse que os países desenvolvidos devem auxiliar os subdesenvolvidos na tentativa de reduzir a fome no mundo.

A ferramenta Brasil Participativo foi lançada durante o evento. A iniciativa incorporou o o G20 Social Participativo, criado para ser um ambiente digital que recebe propostas sociais e abriga um banco de documentos preparados pela sociedade civil.

Em menos de 15 minutos no ar, mais de 1.000 pessoas se inscreveram na iniciativa.

A proposta vai funcionar como uma espécie de "tribuna popular". É a primeira vez que ocorre uma iniciativa do gênero no grupo das maiores economias do mundo.

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Costa Macêdo, explicou como vai funcionar a plataforma.

Durante a parte da tarde, os movimentos sociais debateram os tres grandes temas definidos como prioritários para 2024.

As contribuições debatidos no encontro preparatório serão repassadas para um relatório, que servirá como base para o documento final. O texto será discutido na Cúpula Social do G20, marcada para os dias 14 a 16 de novembro, na Praça Mauá, na Zona Portuária do Rio.

Durante o encontro, a Central Única das Favelas anunciou que vai realizar por meio do G20 Favelas mais de três mil conferências em comunidades do Brasil e 25 eventos internacionais. ((Em setembro, a CUFA vai lançar o Fórum Mundial das Favelas, com apoio do G20 Social.

O G20 é o fórum de cooperação economia das 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia, e desde o ano passado, a União Africana. A Cúpula do grupo acontece nos dias 18 e 19 de novembro, no Museu de Arte Moderna do Rio, na Zona Sul da capital Fluminense.

Até a reunião de cúpula, o Rio de Janeiro vai ter recebido mais de 120 eventos entre reuniões ministeriais, eventos paralelos e de grupos de engajamento.

Também em novembro, a sociedade civil vai organizar o evento "Cúpula dos Povos Frente ao G20" para denunciar o que foi classificado como "falsas soluções" que os países-membros vão propor às crises mundiais.

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