O prefeito de São Paulo e candidato a reeleição, Ricardo Nunes (MDB), concedeu nesta segunda-feira (7) uma entrevista exclusiva à BandNews FM e falou sobre o andamento da campanha eleitoral, uma vez que o emedebista conquistou a ida ao segundo turno.
Nunes admitiu que a reta final da disputa do primeiro turno foi "emocionante", já que os três primeiros candidatos - Nunes, Guilherme Boulos e Pablo Marçal - tiveram uma diferença de 1% a 2%.
Questionado sobre uma possível aproximação com Marçal, que realizou duros ataques ao atual prefeito - desde acusação de agressão a esposa até a promessa de prendê-lo caso chegasse à prefeitura -, Nunes não rechaçou uma possível conversa enem descartou a sua participação em algum palanque.
"Eleitor do Pablo Marçal é super bem-vindo. Vou trabalhar para conquistar esses votos. Minha candidatura representa isso, o centro e a direita. [...] Não conversei com ele [Marçal]", disse.
"Vi que deu uma entrevista falando que gostaria que tivesse no nosso plano de governo alguns itens [para uma declaração de apoio], como educação financeira e cursos profissionalizantes. Já fazemos isso, não precisa acoplar. [A aproximação] é um caminho natural", completou.
Nunes continuou a falar sobre o ex-coach e declarou que sua campanha entra no segundo turno "contando com os eleitores do Marçal para derrotar a extrema-esquerda". O prefeito também desejou que Marçal se arrependa dos erros cometidos nos últimos dias.
"Meu desejo é que Marçal possa ter aprendido com os erros que cometeu. Todos cometemos erros, mas ele cometeu mais erros. Que fique uma lição para ele, com relação ao seu comportamento durante o primeiro turno. Desejo que ele possa aprender, corrigir suas falhas, ter o arrependimento", analisou.
Sobre um possível apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que esteve afastado no primeiro turno e sinalizou ainda um possível apoio a Marçal, Nunes atribui o 'sumiço' do ex-presidente na sua campanha a quantidade de compromissos do ex-presidente.
"Bolsonaro deve ter mais tempo para poder participar, ele estava fazendo campanhas em muitos municípios do Brasil. No segundo turno, como temos muitos municípios que já estão com a sua situação eleitoral resolvida, imaginamos que ele terá tempo para participar. Se tiver, será bom. Ajuda", pontuou.
Nunes ainda pontuou que o primeiro turno teve um período eleitoral "muito difícil" e marcado pelo "alto índice de rejeição desses candidatos que foram agressivos". Essa agressividade não traz votos, e sim uma rejeição alta. Creio que foi uma boa experiência para que a gente possa fazer com que os candidatos coloquem esse comportamento de lado.