O número de vítimas após os terremotos que atingiram a Turquia e a Síria na última segunda-feira (6) ultrapassa a marca de 21 mil. De acordo com as autoridades turcas, são 19.388 mortos no território e, em solo sírio, o balanço de óbitos passa de 3.300.

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, informou que o número de feridos se aproxima de 77.711 e a quantidade de afetados já supera 24 milhões nos dois países.

Os tremores que atingiram a região centro-sul da nação turca já superaram a tragédia de 1999, ocasião na qual um abalo sísmico vitimou cerca de 17 mil pessoas na região. 

A eleição presidencial no país, que estava marcada para junho deste ano, foi antecipada para o dia 14 de maio. A decisão foi comunicada pelo próprio presidente ainda em janeiro, mas, por causa do desastre, o pleito poderá ser adiado. 

As equipes de busca continuam trabalhando nos escombros, mas o inverno rigoroso torna cada vez mais improvável o resgate de possíveis sobreviventes. Mesmo com as dificuldades, os agentes ainda encontram pessoas vivas entre os destroços.

De acordo com a imprensa turca, em Hatay, uma das províncias mais impactadas pelos tremores, uma menina de sete anos foi resgatada após permanecer cerca de 95 horas soterrada. Mais ao leste, em Diyarbakir, uma mulher e o filho foram salvos após mais de 100 horas dos abalos iniciais.

Em Gaziantep, um homem de 66 anos foi resgatado após ficar mais de 103 horas soterrado pelos restos de um prédio que desabou. 

Erdogan deve realizar uma nova visita às regiões destruídas nesta sexta-feira (10). O líder tem sido alvo de críticas da população e da oposição. A principal reclamação afirma que a gestão poderia ter se preparado melhor para uma possível tragédia. Na quinta (9), durante um pronunciamento, o mandatário turco admitiu que a resposta das autoridades à situação de emergência teve "deficiências".