O número de salvamentos de pessoas em elevadores no estado do Rio cresceu 14% de janeiro a julho de 2024, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados foram levantados pelo Corpo de Bombeiros.
De janeiro até esta quarta-feira (2), foram 1.656 casos registrados. Oito a cada 10 episódios aconteceram na capital fluminense, que teve crescimento de 12% no número de salvamentos em elevadores.
Os acionamentos já incluem os três acidentes que aconteceram nas últimas 48 horas.
Na segunda-feira (1º), um técnico de manutenção morreu dentro de um elevador que despencou em Copacabana, na Zona Sul do Rio. No mesmo dia, na região central, uma servidora ficou ferida após o equipamento da Secretaria de Estado de Fazenda atingir o teto.
Já no último domingo (30), um paciente veio a óbito no Hospital Municipal Salgado Filho, na Zona Norte, após ficar 16 minutos dentro de um elevador parado. A Polícia Civil investiga os casos.
O sepultamento do técnico de manutenção que faleceu no elevador em Copacabana vai ser realizado na tarde desta quarta (3). Durante a manhã, Alex Fernandes, de 40 anos, será velado no Cemitério de Irajá, na Zona Norte.
A Polícia Civil realizou uma perícia complementar no prédio. O porteiro e funcionários da empresa de manutenção prestaram depoimento na delegacia que investiga o caso.
Os elevadores devem passar por uma inspeção anual. Além disso, as empresas devem realizar uma manutenção preventiva uma vez ao mês.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio criou uma comissão para tratar da fiscalização do exercício legal de engenheiros na instalação, manutenção e modernização de elevadores.
Os fiscais do CREA visitaram os locais na terça-feira (2). Eles vão recolher as informações necessárias para encaminhar os dados à Câmara Especializada de Engenharia Mecânica, do Conselho.
Atualmente, uma decisão judicial permite que as empresas não recolham a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), como aconteceu no Hospital Municipal Salgado Filho, segundo o CREA.
O instrumento garante que o profissional seja registrado e habilitado para prestação de serviços de manutenção ou reparo dos equipamentos.
