O número de mortos pelo terremoto de 7,8 de magnitude que atingiu a Turquia e a Síria na última segunda-feira (6) se aproxima de 16 mil. As equipes de busca e resgate permanecem em atuação nas regiões mais afetadas pelo tremor e pelas réplicas do abalo, mas a expectativa de encontrar sobreviventes é cada vez menor.
Os dados oficiais indicam que 14.014 pessoas morreram no país turco e outras 2.950 tiveram o óbito decretado em solo sírio. De acordo com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, são quase 64 mil feridos e mais de 6.400 edifícios destruídos. Os números da tragédia se aproximam daqueles registrados após o tremor no noroeste da Turquia em 1999 que vitimou cerca de 17 mil vidas.
As estimativas das autoridades apontam que mais de 23 milhões de pessoas foram afetadas nos dois países. Na Turquia, o governo local informou que 13,5 milhões de cidadãos do sudeste do país sofreram algum tipo de impacto. Já na Síria, o número é de, pelo menos, 10,9 milhões de indivíduos afetados.
Por conta do inverno rigoroso, a esperança de encontrar sobreviventes nos escombros é cada vez menor, mas as equipes continuam trabalhando nas áreas mais afetadas.
Na madrugada desta quinta (9), o Brasil enviou uma equipe para auxiliar no trabalho de resgate e salvamento dos atingidos pelo terremoto. A Missão Humanitária Brasileira embarcou da Base Aérea de São Paulo em voo sem escalas para Adana, na Turquia.
O grupo conta com 26 militares paulistas, seis mineiros e seis capixabas, além de quatro servidores federais. A viagem ocorre em aviões da Força Aérea Brasileira. Os brasileiros levam ainda equipamentos especializados e três cães farejadores, segundo o capitão André Elias, do Corpo de Bombeiros de São Paulo.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou estado de emergência por três meses em 10 províncias locais e visitou a região de Kahramanmaras na última quarta (8). O líder tem enfrentado críticas por parte da população que acredita que o poder público poderia ter se preparado melhor para uma possível tragédia.