O número de brasileiros abaixo da linha da pobreza cai 6%, em 2020, em comparação com o ano anterior. Ao todo, foram mais de 3 milhões de pessoas que deixaram esta condição.
Com isso, o país registrou a menor quantidade de pobres, desde 2015. As informações são da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta sexta-feira (03).
A supervisora de disseminação de informações do IBGE Bahia, Mariana Viveiros, explica que os benefícios sociais, como Bolsa Família e Auxílio Emergencial, contribuíram para essa redução.
Na Bahia, a queda foi ainda maior, de 10,4%, e a proporção de pessoas abaixo da linha da pobreza atingiu a menor proporção em nove anos.
Antes da pandemia (em 2017-2018), 1 em cada 3 pessoas na Bahia tinha alguma restrição par acessar serviços de saúde (34,6%), a maior parte delas por falta de dinheiro.
Apesar disso, em 2020, a Bahia seguia com o segundo maior número absoluto de pessoas pobres (5,6 milhões) e o maior número de extremamente pobres (1,5 milhão) do país.
Além disso, Salvador teve aumento da extrema pobreza e passou a ser a capital com maior proporção de extremamente pobres (8,4% ou 241 mil pessoas).
Para Mariana, o país precisa investir em geração de empregos e melhorias na educação.
Daniele Soares está desempregada e recebeu o auxílio emergencial. Pagando aluguel, ela enfrenta dificuldades, com o fim do benefício.
Segundo o IBGE, entre 2017 e 2018, quatro em cada dez famílias atrasaram o pagamento de contas de água, luz ou gás, por falta de dinheiro.
Se não fossem os programas sociais, o porcentual de brasileiros que vivem com renda per capita menor que 450 reais subiria para 32,1%, chegando a mais de 67 milhões de pobres.
Em 2020, o Brasil tinha mais de cinquenta milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza monetária. Isso representava 24,1% da população brasileira.