Nubank estreia na bolsa de NY como banco mais valioso da América Latina

Ações do banco digital começam a ser negociadas nesta quinta-feira por US$ 9, valor de mercado chega a R$ 230 bi

BandNews FM

Nubank estreia na bolsa de NY como banco mais valioso da América Latina Foto: Divulgação
Nubank estreia na bolsa de NY como banco mais valioso da América Latina
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O banco digital Nubank começa a negociar nesta quinta-feira (9) suas ações na Bolsa de Valores de Nova York. Com o preço do papel estipulado em US$ 9, a instituição passa a ser avaliada em US$ 41,5 bilhões (algo como R$ 230 bi), o banco mais valioso da América Latina.

Conforme as negociações avancem ao longo do dia, o preço do papel pode subir ou cair, o que vai influenciar no valor de mercado da instituição. Até então, o Itaú era o maior banco da América Latina, com valor de mercado de R$ 210 bi.

O bom resultado do Nubank, que faz seu IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) apenas oito anos após sua fundação, aponta para o apetite do investidor com fintechs de países emergentes.

Segundo a agência de notícias Reuters, diferentes startups esperam os resultados do banco digital brasileiro para avaliar uma entrada na bolsa.

O Nubank tem 48 milhões de clientes espalhados no Brasil, Mexico e Colômbia. Sem agências físicas, toda a operação com o usuário é on-line. A empresa nasceu para descomplicar a abertura de uma conta corrente no Brasil e passou a emitir cartões de crédito sem anuidade. Voltado principalmente para o público mais jovem, o banco cresceu, ganhou escala e já desafia grandes redes.

O dinheiro captado na oferta de ações, que deve chegar a R$ 14,5 bilhões, será usado para capital de giro, investimentos e possíveis aquisições.

Os investidores olham com atenção para o banco identificado pelo cartão roxo e esperam resultados financeiros mais consistentes. O banco digital lucrou pela primeira vez apenas no 1º semestre deste ano, quando terminou o período fiscal com saldo positivo de R$ 76 milhões. O desafio será se manter lucrativo e mostrar condições para concorrer com os enormes lucros dos grandes bancos, que ultrapassam das dezenas de bilhão por ano.