Nove montadoras aderiram ao programa do governo federal para tornar os carros mais baratos no país. A iniciativa lançada há duas semanas pretende conceder descontos de até R$ 8 mil para veículos considerados populares e que cumpram algumas determinantes determinadas pelos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. As empresas beneficiadas foram anunciadas nesta quarta-feira (14).
Renault, Volkswagen, Toyota, Hyundai, Nissan, Honda, General Motors, Fiat e Peugeot receberão créditos tributários que variam entre R$ 2 mil e R$ 8 mil. Os descontos serão repassados para os consumidores diretos nas concessionárias, mas os créditos serão utilizados pela indústria para abater impostos na cadeia de produção.
Para definir as alíquotas, o governo criou uma pontuação entre os veículos e levou em conta o conteúdo nacional e os níveis de poluição emitidos.
Outras dez montadoras aderiram ao crédito para renovação da frota de caminhões e nove para os ônibus. Para estas categorias, todas as fabricantes pediram inicialmente o máximo de recursos permitidos na adesão, o equivalente a R$ 10 milhões cada. Seis delas já pediram crédito adicional de mais R$ 10 milhões.
Até o momento, as montadoras incluíram 231 modelos de 31 versões como beneficiadas dos créditos. Mas, segundo o governo, elas podem incluir novos veículos.
O governo reservou R$ 1,5 bilhão para o programa. Sendo R$ 500 milhões para automóveis, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus.
O programa termina quando a reserva máxima de R$ 1,5 bilhão fora atingida.
Contas iniciais da Fazenda indicavam que os recursos fossem necessários para até quatro meses de descontos. Mas estimativas mais recentes apontam no término dos recursos pouco mais de um mês após o início da medida.
O programa surgiu como uma forma de incentivar o comércio automotivo e reduzir os estoques das montadoras. Nas concessionárias, a associação do setor, aponta que houve aumento de mais de 200% na movimentação de algumas lojas.