A invasão russa na Ucrânia rendeu a ativistas dos Direitos Humanos o Nobel da Paz de 2022. O Comitê do Nobel anunciou nesta sexta-feira (7) o bielorrusso Ales Bialitski e as organizações Memorial, da Rússia, e Centro pelas Liberdades Civil, da Ucrânia, como os ganhadores da honraria pela defesa da democracia e coexistência pacífica entre nações vizinhas.
O presidente do Comitê, Berit Reiss-Andersen, disse que “era hora de falar que estamos falando de dois regimes autoritários e um país em guerra” e afirmou que os premiados representam a “sociedade civil em seus países de origem”.
Esta é a 103º entrega do prêmio que busca valorizar trabalhos que levem ao progresso da Humanidade e é concedido desde 1901 após a criação pelo sueco Alfred Nobel.
Neste ano, 251 pessoas e 92 organizações concorriam ao prêmio. Os laureados vão ganhar medalhas de ouro e dividirão o prêmio de 10 milhões de coroas suecas, algo em torno de R$ 4,6 milhões.
No momento do anúncio dos vencedores, os organizadores do prêmio pediram a soltura de Ales Bialitski, preso na Belarus. Ele é um dos maiores críticos ao ditador Aleksandr Lukashenko. No país, a oposição afirmou que o Nobel reconheceu todos os presos políticos do país europeu comandado pelo “último ditador da Europa”.
No ano passado, os ganhadores foram jornalistas que lutam para manter a liberdade de expressão nos seus países. Foram premiados o russo Dmitri Muratov e a filipina Maria Ressa.