O processo de adoção de uma criança ou adolescente chega a durar sete anos no Brasil.
No Dia Nacional da Adoção, celebrado hoje (25), a luz sobre esta realidade preocupa. Quanto mais tempo as crianças e adolescentes ficam nos abrigos, maior a dificuldade para a encontrar um lar, quando os pais geralmente estão em busca de bebês ou crianças.
De acordo com dados do Conselho Nacional de Justiça, 4.962 mil menores estão em casas de acolhimento, enquanto 32.968 mil pretendentes estão disponíveis.
A presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família, Silvana do Monte, afirma que o problema está na falta de estrutura do Poder Judiciário. Segundo a especialista, que também é membro de um dos 160 grupos voluntários de apoio à adoção em atividade no Brasil, as comarcas do país não têm cumprido um provimento do CNJ que determina a criação de uma vara exclusiva para tratar destes casos.
A psicóloga especialista em adoção Aline Santana explica que o acompanhamento permite uma avaliação também das condições emocionais que a família tem de lidar com os sonhos e traumas que vividos, ainda que em meses de vida, por um futuro filho.
Nestes cinco primeiros meses de 2021, 476 crianças e adolescentes foram adotadas e esse número é muito menor da metade do total acumulado ao longo do ano passado, quando 2.533 adoções ocorreram em todo o país.
Em 2019, antes da pandemia, foram mais de 3 mil crianças e adolescentes reconhecidos como filhos por novos pais.