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Netanyahu volta ao poder e defende “direito exclusivo” dos judeus a toda Israel

Novo primeiro-ministro vai comandar coalizão mais à direita e conservadora do ponto de vista religioso da história do país

Rádio BandNews FM

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Foto: Reuters

O novo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, tomou posse nesta quinta-feira (29). Ele irá comandar a coalizão mais à direita e conservadora do ponto de vista religioso da história do país.

O acordo para a formação do novo governo ocorreu em meio a críticas. Foram quase dois meses de negociações após a realização das eleições israelenses.

Logo após conseguir o apoio necessário no Parlamento de Israel, o novo governo do país anunciou as principais diretrizes a serem seguidas. Entre as mais polêmicas está a declaração do “direito exclusivo e inalienável do povo judeu a todas as partes da terra de Israel”.

A nova gestão ainda prometeu expandir os assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada, medida que contraria resoluções da ONU e que pode aumentar ainda mais as tensões com os palestinos.

Opositores afirmam que a coalizão ameaça a democracia e abre espaço para o racismo e a discriminação contra minorias, como a comunidade LGBT+ e os cidadãos árabes.

Houve reações também fora de Israel. Mais de uma centena de embaixadores israelenses aposentados e funcionários experientes do ministério das Relações Exteriores assinaram uma carta para Netanyahu expressando “grande preocupação” com o possível prejuízo para as relações estratégicas do país em função das políticas do novo governo.

Em uma entrevista à CNN, o rei Abdullah II, da Jordânia, disse que está “preparado para entrar em conflito” se Israel tentar mudar a condição de um local sagrado de Jerusalém reverenciado por muçulmanos e judeus, e sobre o qual o governo jordaniano tem custódia. Os dois países assinaram um tratado de paz em 1994, mas as relações entre as nações são marcadas por constantes tensões.

Benjamin Netanyahu, de 73 anos, foi primeiro-ministro de Israel entre 1996 e 1999 e depois entre 2009 e 2021, sendo o político que ocupou por mais tempo o cargo. Ele retorna ao poder um ano e meio depois de ter sido deposto em meio a investigações por prática de corrupção. Outra das promessas do novo governo é priorizar reformas judiciais, o que pode beneficiar Netanyahu neste processo.

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