O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira (27) que o ataque que deixou civis mortos e feridos em um acampamento de refugiados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza foi um "erro trágico". Ao menos 45 pessoas morreram durante o ataque, no último domingo (26), de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
O Exército israelense disse que, inicialmente, o alvo do ataque aéreo era um complexo do Hamas em Rafah e que o bombardeio era legítimo sob as leis internacionais. Segundo o governo israelense, os alvos foram definidos com base em informações precisas que indicavam que a área era utilizada pelo grupo terrorista.
Netanyahu declarou ainda, durante um discurso ao Parlamento, que o governo israelense investigará o ataque. “Apesar dos nossos máximos esforços para não ferir civis inocentes, na noite passada houve um erro trágico. Nós estamos investigando o incidente e vamos obter uma conclusão, porque essa é a nossa postura", afirmou.
Na última sexta-feira (24), a Corte Internacional de Justiça, em Haia, na Holanda, havia ordenado que Israel interrompesse todas as operações militares em Rafah e havia determinado que o governo permitisse a entrada de ajuda humanitária pela fronteira entre Gaza e o Egito.
No entanto, Israel disse que as alegações da Corte eram “falsas, ultrajantes e nojentas” e afirmou que a campanha militar israelense não levou e não vai levar à destruição da população palestina civil em Rafah.