O primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, demitiu o ministro da defesa israelense, Yoav Gallant, nesta terça-feira (5). O argumento foi a falta de confiança em Gallant para administrar operações militares israelenses contra o Hamas, em Gaza, e o Hezbollah, no Líbano.
Netanyahu afirmou que houve muitas lacunas entre eles sobre a gestão das guerras e que uma crise de confiança se desenvolveu com o, até então, ministro da Defesa.
Após o anúncio, Gallant se manifestou publicamente por meio das redes sociais. “A segurança do Estado de Israel foi e sempre será a missão da minha vida", afirmou.
Para assumir o cargo, Netanyahu nomeou o atual ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, que será substituído por Gideon Saar, de acordo com comunicado do gabinete do governo.
Gallant é apontado como oponente interno do premiê, apesar de ser do mesmo partido que Netanyahu, o Likud. Ambos têm se desentendido publicamente com frequência sobre a guerra em Gaza. Enquanto o primeiro ministro defende uma escalada com pressão militar sobre o Hammas, Gallant defende que as forças militares teriam condições para um acordo diplomático.
O premiê já havia tentado demitir Gallant em março de 2023, mas a intenção desencadeou uma série de protestos nas ruas contra a decisão. Ele também pensou em destituir o ex-ministro durante o verão, mas adiou o anúncio até esta terça-feira (5).