“Não é correto” atribuir alta dos combustíveis à Petrobras, diz presidente da estatal

Silva e Luna participou de uma audiência pública no Senado

Presidente da Petrobras Joaquim Silva e Luna
Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

O presidente da Petrobras diz que a alta dos combustíveis não é culpa da empresa. Segundo o general Joaquim Silva e Luna, atribuir a alta no preço dos combustíveis à Petrobras “não é correto”.

Nesta terça-feira (23), Silva e Luna participou de uma audiência pública da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal (CAE) para discutir o assunto.

Ele afirmou que não há monopólio e defendeu que a estatal não é a única supridora do mercado. Segundo ele, a companhia responde por apenas uma fração do preço final, que também é consequência da relação entre oferta e demanda, da competição entre produtores e importadores e da variação do preço no mercado externo.

"A Petrobras reajusta o preço desses combustíveis observando estas variáveis: mercado externo, mercado interno, como eles se comportam, observamos praticamente três grandes mercados —os Estados Unidos, a Europa e a Ásia”, disse Silva e Luna.

De acordo com os dados apresentados, a gasolina produzida pela Petrobras representa apenas 40% do consumo dos veículos leves.

O general ainda apontou que a Petrobras realizou 15 reajustes no preço da gasolina em 2021, que se refletiram em 38 variações nos valores nas bombas.

"A contribuição da Petrobras no preço da gasolina é de R$ 2,33 a outra parte é etanol, é distribuição, revendas, tributos e ICMS", explicou o presidente da estatal.

Segundo ele, preços artificias baixos fragilizam o mercado.

Segundo a Agência Nacional do Petróleo, o preço médio da gasolina comum nos postos caiu pela primeira vez em sete semanas. O valor caiu R$ 0,01 em relação ao levantamento anterior.

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