Musk chama Moraes de "ditador brutal" e diz que ministro tem "Lula na coleira"

Moraes incluiu o bilionário Elon Musk no inquérito do STF que investiga milícias digitais

Rádio BandNews FM

Elon Musk e Alexandre de Moraes
Reuters/Agência Brasil

O bilionário Elon Musk chama o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes de "ditador brutal" e diz que ele “trabalhou para eleger Lula” em novos ataques realizados na noite desta segunda-feira (08),

O dono do X, o antigo Twitter, questionou na rede social: “Por que o Congresso permite que Moraes tenha o poder de um ditador brutal?”

Ele ainda questionou “como o ministro tirou Lula da prisão” e “colocou o dedo para elegê-lo”, o presidente “obviamente não tomará nenhuma atitude contra ele”.

E concluiu dizendo que “A próxima eleição será fundamental”.

O bilionário começou com os ataques no último sábado (06). Musk acusou Moraes de censura e de ameaçar prender funcionários da rede social no Brasil e disse também que vai reativar os perfis de usuários bloqueados pela Justiça.

Após os primeiros ataques, Alexandre de Moraes abriu uma investigação para apurar a conduta de Elon Musk e o incluiu no inquérito das milícias digitais.

A série de ataques do empresário gerou reações no Congresso e fez crescer a pressão sobre o presidente da Câmara, Arthur Lira, para que o projeto que regulamenta a atuação das “big techs” seja finalmente votado.

A proposta tramita há quatro anos, está pronta para ser analisada desde o começo de 2023 e torna crime a promoção ou financiamento de mensagens inverídicas. Além de obrigar empresas a retirar rapidamente das redes os conteúdos falsos depois de determinação judicial.

Para o relator da PL das Fake News, Orlando Silva, o comportamento de Elon Musk reforça a necessidade de uma regulamentação das plataformas.

Alexandre de Moraes ainda estabeleceu uma multa diária de R$ 100 mil caso o "X" desobedeça a ordens do Supremo.

O ministro escreveu que as redes sociais “não são terra sem lei” e que “os provedores devem absoluto respeito à Constituição e à lei brasileira”.

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, divulgou uma nota em apoio ao colega. Ele ressaltou que o "Brasil travou recentemente uma luta de vida e morte pelo Estado Democrático de direito e contra um golpe de Estado".

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