Museu Nacional lança campanha de doações para aumentar acervo

O museu localizado no Rio de Janeiro foi vítima de um incêndio em setembro de 2018

BandNews FM

Após incêndio, Museu Nacional lança campanha para reconstruir acervo
Tânia Rêgo/Agência Brasil

Três anos após o incêndio que atingiu a instituição científica mais antiga do País, o Museu Nacional lança, nesta quinta-feira (2), uma campanha de pedido de doações para a recomposição do acervo.

Atualmente, a instituição possui cerca de 500 exemplares para exposição e mais de 2 mil obras, incluindo as coleções de pesquisa. A expectativa, porém, é que as novas exposições, que ocuparão uma área de 5.500 metros quadrados, precisem de 10 mil peças para serem divididas em quatro circuitos.

Para isso, o museu conta com uma mobilização nacional e internacional de instituições de pesquisa, museus, colecionadores e diferentes representações da sociedade.

O novo espaço deve ficar totalmente pronto em 2026. Por enquanto, para o ano que vem, está prevista a reabertura do Jardim das Princesas, a ser finalizado nesse mês de setembro. Já para o bicentenário da Independência, em setembro de 2022, espera-se que parte da faixada e o telhado do bloco 1 já estejam reconstruídos.

O orçamento necessário para a recuperação de toda a estrutura está estimado em aproximadamente R$ 385 milhões. Até agora, 64% desse valor foi arrecadado.

Desde a grande tragédia, ao todo, cerca de 30 países manifestaram apoio ao Museu. Cinco desses contribuem de forma direta.  

Ainda por conta do incêndio, aproximadamente 5 mil lotes de material foram retirados do museu. Esse montante ainda deve ser analisado pelo Laboratório Central de Conservação e Restauração do Museu Nacional, da UFRJ. Mesmo assim, a ação ainda depende da construção de um espaço de pesquisa.

Até o momento, parte dos artigos foi recuperada, como a coleção egípcia e o fragmento do crânio de Luzia, o esqueleto mais antigo das Américas.

Doações como as 27 peças greco-romanas do diplomata aposentado do Itamaraty Fernando Cacciatore e uma importante coleção etnográfica africana do pesquisador Wilson Savino também se somam ao acervo.

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