Chega a 317 o número de municípios que decretaram situação de emergência por conta da seca que atinge o Rio Grande do Sul. A estiagem alterou o abastacimento de água em diversas regiões. Em Bagé, o fornecimento é interrompido a cada 12 horas.
Esse é o terceiro verão consecutivo de chuvas muito abaixo da média, caracterizando uma seca histórica no estado gaúcho.
As consequências também são sentidas na área urbana, onde a população enfrenta a alta dos preços. Com a terra seca, campos sem pasto, açudes e rios sem água, a produção caiu drasticamente, encarecendo os alimentos vendidos em mercados.
Mais de mil propriedades rurais acumulam despesas estimadas em 40 milhões. Nas lavouras de soja, o prejuízo nas safras de 2022 e 2023 o prejuízo pode chegar a 29 bilhões de reais, de acordo com levantamento divulgado pela FecoAgro/RS.
O governo federal montou uma força tarefa de ministros para visitar a área destruída pela seca, no município de Hulha Negra, localizado na fronteira sul do Rio Grande do Sul, na próxima quinta-feira (23). A área é uma das mais castigadas pela estiagem.
De acordo com o Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional, além do ministro da pasta Waldez Góes, a comitiva será composta pelos ministros do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, além de Edgar Pretto, futuro presidente da Conab.
Na última sexta-feira (17), o governo estadual apresentou um plano de mitigação dos efeitos da seca no Rio Grande do Sul. O projeto prevê ações de curto, médio e longo prazo, com medidas emergenciais de apoio e assistência aos produtores, construção de cisternas e um sistema de monitoramento climático.