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Mudança no Santos Dumont, no Rio, interfere em São Paulo e pode pressionar preço

Especialista aponta que Congonhas não consegue absolver mais operações e conectividade pode ser prejudicada com nova regra de voos no terminal carioca

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Mudança no Santos Dumont, no Rio, interfere em São Paulo e pode pressionar preço
Foto: Ministério da Infraestrutura

A restrição aos voos no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, pode impactar a conectividade de aeroportos paulistas e até interferir no preço das viagens. As mudanças anunciadas devem começar a impactar os aeroportos paulistas em menos de cinco meses.

A nova regra anunciada na última quinta-feira (10) entra em vigor no dia 2 de janeiro. A partir de então, apenas voos partindo de Congonhas, na zona sul da capital paulista, poderão pousar no Santos Dumont, terminal que fica no centro da capital fluminense.

Um desafio para companhias aéreas que mantêm ao menos 32 voos diários de Guarulhos para o Santos Dumont, além de ligações entre Viracopos, em Campinas, e Ribeirão Preto, no interior.

Ouça reportagem de Eduardo Frumento

Para transferir estes voos para Congonhas, as empresas teriam de remanejar rotas e retirar opções que atualmente atendem outros destinos.  

Sem capacidade para novos voos, o terminal na zona sul de São Paulo pode perder conectividade e o preço das passagens para outros destinos pode subir.

O presidente do Instituto Brasileiro de Aviação, Francisco Lyra, afirma que seria mais eficaz oferecer subsídios para as companhias que operarem no Galeão e não forçar as mudanças.  

A Prefeitura de Guarulhos afirmou que pretende acionar a Justiça para conter alterações profundas.  

Com o aumento dos voos no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, companhias aéreas internacionais podem se ver incentivadas a alterar rotas que atualmente pousam em Cumbica. É a partir dessa possibilidade, que a Prefeitura de Guarulhos estima uma perda de arrecadação de até 10 milhões de reais com a redução da importância do terminal internacional de São Paulo.

As companhias Latam, Gol e Azul afirmaram que ainda avaliam mudanças na malha aérea e que alterações serão comunicadas oportunamente.