Motos elétricas são apreendidas por falta de regulamentação em SP

Venda de motos elétricas teve crescimento após aumento no preço da gasolina, mas muitas são apreendidas por falta de homologação

Carine Roma

Polícia Militar de São Paulo apreendeu cerca de 100 motos elétricas nos primeiros meses  Foto: Reprodução
Polícia Militar de São Paulo apreendeu cerca de 100 motos elétricas nos primeiros meses
Foto: Reprodução

Com o preço da gasolina ultrapassando os R$ 7, muitos brasileiros decidiram usar a moto elétrica como opção de transporte.

Mas, quem tem uma moto elétrica precisa ficar atento para saber por onde é permitido transitar, se é necessário ter habilitação e quais os acessórios de segurança obrigatórios.

O paulistano Tomás Sant'Anna, de 20 anos, por exemplo, desembolsou mais de R$ 10 mil há pouco mais de um ano para ter o equipamento, mas, terminou com o veículo apreendido.

A Polícia Militar de São Paulo apreendeu cerca de 100 motos elétricas nos quatro primeiros meses deste ano em operações, principalmente, na região da Vila Olímpia.

A falta de homologação e descumprimento de resoluções do Conselho Nacional de Trânsito são os principais motivos das apreensões.  

O porta-voz do Comando de Policiamento de Trânsito, Paulo Oliveira, conta que é necessário a habilitação e o emplacamento; no entanto, não é o que informam algumas lojas no momento da venda.

O diretor da Associação Brasileira do Veículo Elétrico explica que parte das motos elétricas chegam ao Brasil como se fosse um brinquedo para ser usado em áreas privadas.

Bernardo Omar destaca que a regularização do produto deve ser feita pelo revendedor ou pelo fabricante.  

Quando os veículos não são homologados, a retirada dos pátios após a apreensão tem sido complicada e muitos donos buscam a via judicial.

Se o veículo não seguir as exigências, não pode ser revendido para o uso nas vias públicas.

Acompanhe a reportagem de Carine Roma: