Motorista de Porsche pede novo habeas corpus

Defesa de Fernando Sastre diz que cliente, alvo de um pedido de prisão preventiva, é alvo de coação ilegal do delegado que investiga o caso

Rádio BandNews FM

Motorista de Porsche pede novo habeas corpus
Defesa de Fernando Sastre Filho apresenta novo pedido de habeas corpus
Reprodução/Band

Os advogados do empresário Fernando Sastre de Andrade Filho apresentaram neste domingo (07) um pedido de habeas corpus preventivo, alegando que o delegado que investiga o caso, Nelson Vinicius Alves, pratica uma espécie de "coação ilegal" nos autos do inquérito.

A defesa alega que o cliente está sofrendo "linchamento moral" e argumenta que o delegado adiantou as ações que seriam tomadas, com a investigação ainda em curso, em entrevistas aos meios de comunicação com "claro intento de satisfação" em expor o empresário. Os advogados também afirmam que Sastre não fugiu do local do acidente, já que houve autorização da PM para que ele buscasse atendimento médico. No pedido de habeas corpus, eles voltam a dizer que o empresário não ingeriu bebidas alcoólicas e que se o cliente apresentasse sinais de embriaguez, os policiais jamais deixariam que ele se ausentasse do local do acidente.

Fato é que, neste sábado (06), a Polícia Civil de São Paulo pediu a prisão preventiva de Fernando Sastre, condutor do Porsche que provocou o acidente que resultou na morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. O Ministério Público de São Paulo já emitiu um parecer concordando com o pedido.

A fiança estipulada é de R$ 500 mil. Além da prisão preventiva, a Polícia pede a adoção de medidas cautelares: o acusado precisaria entregar o próprio celular e o da mãe, Daniela Cristina de Medeiros Andrade, que também é alvo dos pedidos para que permaneça longe do longe do local do acidente e das testemunhas do caso.

O MP argumenta que "desde o momento do acidente, houve um claro intuito do acusado e de sua genitora de tentar diminuir a gravidade dos fatos escondendo a embriaguez do condutor". O delegado Nelson Vinicius Alves argumenta que Fernando Sastre de Andrade tem elevado poder aquisitivo e, por isso, poderia atrapalhar as investigações.

No pedido enviado à Justiça, a Polícia Civil disse que o motorista praticou um crime de "extrema gravidade" e "teria fugido do local dos fatos".

Além da morte de Ornaldo, a batida deixou Marcus Vinicius Rocha, amigo do motorista do Porsche, ferido em estado grave.

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