Melquisedeque Marins Marques, mais conhecido como "Quinho do Salgueiro", uma das maiores vozes do Carnaval carioca, morreu aos 66 anos na noite desta última quarta-feira (3). Quinho tratava um câncer de próstata desde 2022 e estava afastado das apresentações. Segundo familiares, o artista morreu por insuficiência respiratória no Hospital Evandro Freire, na Ilha do Governador, onde estava internado.
"Hoje o Salgueiro Chora! Com profunda emoção e um nó na garganta, comunicamos o doloroso adeus a Melquisedeque Marins Marques, nosso Quinho do Salgueiro, um gigante cuja ligação com o G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro transcendeu os limites da música e do carnaval", escreveu a escola de samba no Instagram.
O velório do intérprete começou nesta quinta-feira (04), às 15h, e segue até as 20h, na quadra da escola de samba Acadêmicos do Salgueiro, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Na sexta-feira (05) ocorrerá um novo velório a partir das 9h, na capela C do Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador. O sepultamento será às 13h.
A agremiação também anunciou que haverá uma homenagem com canções e danças para o cantor. A celebração é conhecida como Gurufim, uma cerimônia de origem afro-brasileira em que as pessoas cantam e dançam para homenagear o morto.
Quinho do Salgueiro iniciou a carreira na escola de samba carioca União da Ilha do Governador, em 1984. Em 1988, assumiu como voz principal e, no ano seguinte, cantou um grande sucesso: "Festa Profana". Na década de 1990, Quinho e a escola de samba Acadêmicos do Salgueiro começaram uma das parcerias mais bem sucedidas do Carnaval, marcada pelo refrão de "Explode Coração".
Em 1993, o carioca fez história no Salgueiro depois de interpretar o samba "Peguei um ita no Norte", que garantiu o título de campeã do Carnaval para a agremiação.
A trajetória de Quinho também foi marcada pelos diversos gritos de guerra que o intérprete adicionava em seus sambas, como "Tá surdo!" e o clássico carnavalesco "Arrepia, Salgueiro. Pimpa, pima. Ai, que lindo!"