Morreu neste domingo (13) em Lima, no Peru, o escritor e vencedor do Prêmio Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa. A causa da morte não foi revelada, mas, de acordo com um comunicado divulgado pela família, ele estava rodeado de familiares e em paz. Por um pedido pessoal, será cremado em data ainda não revelada.
O peruano de 89 anos deixa três filhos e um legado longo na literatura. O autor conheceu o estrelato com o “Conversas no Catedral”, de 1969, e emendou obras reconhecidas pela crítica como: “Pantaleão e as visitadoras”, “Tia Julia e o escrevinhador” e “A guerra do fim do mundo”. Mais recentemente, assinava análises políticas, mas também escreveu novelas, contas, ensaios e peças teatrais.
Foi casado por duas vezes. Ainda nos anos 1950, com a tia Julia Urquidi. Depois, ficou por 50 anos com a prima-irmã Patrícia Llosa, com quem teve os três filhos.
A família, em comunicado, diz que: "Sua partida entristece seus parentes, amigos e seus leitores ao redor do mundo, mas nos consola saber que ele teve uma vida longa, múltipla e frutífera, e deixa atrás de si uma obra que o sobreviverá."
Em 2010, venceu o Nobel de Literatura, reconhecido pela crítica social nas obras em que escreveu.
Foi um dos escritores do chamado “boom latino-americano”, que contou ainda com Gabriel García Marquez, Julio Cortázar e Carlos Fuentes. Era amigo de García Marquez, mas rompeu a relação em um episódio nunca explicado.
Também foi o primeiro escritor sem escrever em francês que entrou para a Academia Francesa, além de fazer parte da Real Academia Espanhola.
Em 1990, concorreu à Presidência do Peru, mas perdeu para Alberto Fujimori. Nunca mais se arriscou em cargos eletivos, mas era uma das vozes mais presentes na cena política peruana. Mais recentemente criou polêmica ao criticar o populismo e atacar líderes de esquerda e da chamada extrema-direita.
