
Morreu nesta terça-feira (18) Wlamir Marques, um dos maiores nomes do basquete brasileiro e mundial. Ele tinha 87 anos.
Conhecido como "Diabo Loiro", ele fez parte da "geração de ouro" do esporte no país, conquistando, entre outros títulos, o bicampeonato mundial em 1959 (Santiago) e 1963 (Rio de Janeiro), os dois maiores triunfos da história do basquete verde-amarelo.
Além disso, ainda levou a seleção a mais duas medalhas de prata em Mundiais: 1954 (Rio de Janeiro) e 1970 (Iugoslávia). Em Olimpíadas, conquistou duas medalhas de bronze em 1960 (Roma) e 1964 (Tóquio).
Em nota, a Confederação Brasileira de Basquete, na figura do presidente Marcelo Souza, fez um comunicado.
Wlamir foi um dos maiores de todos os tempos a quicar uma bola laranja. Um gênio. Incrível dentro de quadra. Flutuava. Nos ajudou a tornar o Brasil uma potência no basquete. Hall da Fama. Um herói. E fora de quadra, era de uma simplicidade curiosa. Um humor sagaz. E também um gênio. Amigo e crítico quando preciso. Já faz uma falta imensa ao nosso esporte. Meus pêsames à família. Vai-se o homem, fica a lenda.
Em entrevista à BandNews FM, o ex-armador Helinho exaltou a carreira e o carisma de Wlamir Marques, além da relação com o pai dele, o ex-jogador e ex-técnico Hélio Rubens.
Tinha um carinho enorme por tudo o que falava e fazia. Teve um relacionamento ótimo com meu pai, que sempre falou do prazer de ter jogado junto dele, apesar de ter sido de uma geração após a de Wlamir e Amaury Pasos, que para ele foram os dois maiores jogadores do basquete brasileiro e dois dos maiores do esporte no mundo.
Nas redes sociais, o presidente Lula também lamentou a morte do ex-ala.
Recebi com consternação a notícia da morte do paulista Wlamir Marques, um dos maiores jogadores de basquete de nossa história. Wlamir foi determinante nas conquistas dos dois títulos mundiais do Brasil, em 1959 e 1963, e ajudou o país a conquistar o bronze nos Jogos Olímpicos de Roma, em 1960, e Tóquio, em 1964. Ídolo do Corinthians e integrante do Hall da Fama da Federação Internacional de Basquete (Fiba), foi referência de talento e dedicação ao esporte. Registro minha admiração e solidariedade à família, aos amigos e fãs de Wlamir Marques.
Wlamir também fez parte do ciclo histórico que teve uma prata e dois bronzes em Jogos Pan-Americanos e conquistou o tetracampeão sul-americano, entre 1958 e 1963.
CORINTHIANS
Ídolo do Corinthians, ele dá nome ao ginásio de esportes do clube social, em homenagem que foi prestada em 2016.
Foram 18 títulos pelo Alvinegro (três sul-americanos, três brasileiros, cinco paulistas e sete paulistanos).
Após se aposentar das quadras, Wlamir voltou ao Parque São Jorge, onde foi técnico com passagens tanto na equipe masculina, quanto a feminina.
E será no ginásio com o próprio nome que Wlamir vai ser velado nesta quarta-feira (19), das 13h30 às 17h30, em cerimônia aberta ao público.