Moro se filia ao Podemos e pode concorrer à presidência em 2022

Ex-juiz sempre negou ter intenções de criar carreira política, mas mudou de posição após aceitar convite de Bolsonaro para Ministério da Justiça

BandNews FM

Moro se filia ao Podemos e pode concorrer à presidência em 2022
Foto: PODEMOS/Divulgação

Mesmo após ter negado diversas vezes que tivesse intenções políticas, até mesmo durante o período em que foi ministro do governo Bolsonaro, o ex-juiz Sergio Moro é cotado como pré-candidato à Presidência da República nas eleições de 2022.

Moro se filiou ao Podemos nesta quarta-feira (10). Com discurso em tom de candidato, o ex-juiz ainda não anunciou se disputará o pleito do ano que vem e por qual cargo, mas o evento que formalizou a filiação o anunciou como “futuro presidente da república”.

Na fala, o ex-ministro da Justiça destacou não ter uma carreira política e defendeu o combate à corrupção. Essa é a principal pauta do ex-juiz há muitos anos. O ex-magistrado integrou a operação Lava-Jato e foi responsável pela condenação do ex-presidente Lula.

Ele propôs a criação de uma corte nacional anticorrupção e ressaltou a necessidade de se retomar a condenação em segunda instância, o fim do foro privilegiado e da reeleição para cargos executivos.

O jurista também enviou recados criticando os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Além de não poupar o governo Bolsonaro com críticas à gestão da pandemia. Em suas falas também defendeu o liberalismo na economia e a expansão do ensino integral.

Em seu discurso, Sérgio Moro afirmou que entra para a política para “ajudar o Brasil”. "Embora tenha muita gente boa na política, nós não vemos grandes avanços. Após um ano fora, eu resolvi voltar. Não podia ficar quieto, sem dizer o que penso, sem tentar, mais uma vez, com vocês, ajudar o Brasil. Então, resolvi fazer do jeito que me restava, entrando na política, corrigindo isso de dentro para fora”, afirmou o ex-juiz.

Em junho do ano passado, depois de ter deixado o cargo no Ministério da Justiça, Moro afirmou que não existia o sonho de se tornar presidente. A saída dele da pasta aconteceu após divergências com Bolsonaro por interferências do ex-deputado na Polícia Federal. 

Nos anos anteriores, as negativas também aconteceram. Em 2016, ainda enquanto juiz, negou a possibilidade de um dia participar da vida política.

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