O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), retirou, nesta terça-feira (26), o sigilo do relatório da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022.
Moraes só manteve em segredo o conteúdo delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.
O ministro também determinou o envio do inquérito à Procuradoria-Geral da República, que vai analisar se apresenta denúncia contra os 37 indiciados pela Polícia Federal.
Na última quinta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Walter Braga e outras 35 pessoas foram indiciadas pelos crimes de abolição violenta ao Estado democrático de Direito, organização criminosa e golpe de Estado.
Além dos atos criminosos de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas em Brasília, o inquérito apura o recém-descoberto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o próprio ministro Alexandre de Moraes após as eleições de 2022.
O arquivo tem cerca de 800 páginas, e o acesso ao documento ainda não é permitido por questões burocráticas do sistema eletrônico do Supremo.
A expectativa é de que a decisão da PGR de denunciar ou não os indiciados só saia a partir de fevereiro de 2025.