Na decisão judicial que autorizou a busca e apreensão em endereços do cantor Sérgio Reis, nesta sexta-feira (20), o ministro Alexandre de Moraes proibiu sertanejo se aproxime da Praça dos Três Poderes, onde fica o Supremo Tribunal Federal, em Brasília. Reis, o deputado bolsonarista Otoni de Paula e outras oito pessoas foram alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga ameaças à democracia e incitação à violência.
O pedido partiu da Procuradoria-Geral da República após postagens nas redes sociais indicarem que o cantor sertanejo organizava uma manifestação pedindo a renúncia de todos os ministros do Supremo. Sérgio Reis ainda afirmava que o STF deveria ser invadido.
Também nas redes sociais, o deputado federal pelo Rio de Janeiro Otoni de Paula chamou o Supremo de tirano e incentivou a quebra da ordem democrática, segundo as investigações.
Ambos já tinham afirmado em outras ocasiões que esperavam por ações judiciais.
Também foram alvos dos mandados:
Marcos Antônio Pereira Gomes (“Zé Trovão”),
Eduardo Oliveira Araújo,
Wellington Macedo de Souza,
Antônio Galvan,
Alexandre Urbano Raitz Petersen,
Turíbio Torres,
Juliano da Silva Martins,
Bruno Henrique Semczeszm;
O ministro Alexandre de Moraes é o relator no Supremo de ações sobre atos antidemocráticos e assinou o despacho. O inquérito corre em segredo de justiça.
Pelas redes sociais, o deputado Otoni de Paula disse não ter o que temer e voltou a ameaçar ministros do STF.
O cantor Sérgio Reis ainda não se pronunciou, mas a colunista da BandNews FM Mônica Bergamo apurou que a família já esperava alguma ação policial após as declarações do sertanejo.